Ed Paes
Querelas do Aldir Blanc
Atualizado: 21 de jun. de 2022

"Tá lá o corpo estendido no chão" de estrelas da música popular brasileira, assim poderia ser a manchete dos jornais populares anunciando a morte de Aldir Blanc; cronista, compositor e um dos maiores letristas do Brasil.
Não quero falar de sua morte, porque na verdade o Aldir Blanc, o grande letrista não morre, pois a esperança equilibrista sabe que o show de todo artista, tem que continuar. Quero falar do trabalho musical desse grande compositor. Como letrista, Aldir escreveu letras para o seu parceiro mais constante; João Bosco, o trabalho rendeu grandes canções como; “O Mestre-sala dos Mares”, “Dois pra Lá, Dois pra Cá”, “De Frente pro Crime”, “Kid Cavaquinho”, “Corsário”, "O Bêbado e a Equilibrista" e “Incompatibilidade de Gênios”. Quando a incompatibilidade de gênios os separou, Aldir Blanc produziu canções com diversos parceiros como Guinga, Moacyr Luz, Maurício Tapajós, Carlos Lyra entre outros. Com Edu Lobo escreveu; "Ave Rara" e Cristóvão Bastos.;"Resposta ao Tempo" que são as letras dele que mais gosto.
Aldir Blanc soube traduzir em suas letras a vida suburbana do Rio de Janeiro. Para finalizar deixo aqui um de seus versos que define sua posição perante a vida; “As pobres coisas que eu sei, podem morrer, mas espero, como se houvesse um sinal, sem sair do amarelo”.
Que Aldir Blanc, agora liberto da matéria, siga em frente no sinal verde da eternidade.
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